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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Saiba o que perguntar ao médico quando ele receita um antibiótico

Prescrição inadequada pode gerar efeitos colaterais fortes e de longo prazo

Antibióticos são medicamentos importantes, que restabelecem a saúde e salvam vidas. Mas, como qualquer remédio, eles podem causar efeitos colaterais indesejados e extremamente sérios, alguns dos quais podem surgir somente após o tratamento de milhares de pacientes.

Esse é o caso de uma importante classe de antibióticos conhecidos como fluoroquinolonas. Os mais conhecidos são o Cipro (ciprofloxacina), o Levaquin (levofloxacina) e o Avelox (moxifloxacina). Em 2010, o Levaquin era o antibiótico mais vendido dos Estados Unidos. Mas, no ano passado, ele também foi alvo de mais de 2 mil processos de pacientes que sofreram reações severas após se submeterem ao tratamento.

Parte do problema ocorre pelo fato de que as fluroquinolonas são prescritas de forma inapropriada. Em vez de serem utilizados apenas para combater infecções bacterianas sérias e que colocam a vida do paciente em risco, como uma pneumonia hospitalar, esses antibióticos são prescritos com frequência para combater sinusites, bronquites e outras doenças que poderiam sarar sozinhas

Em entrevista, a epidemiologista farmacológica Mahyar Etminan, da Universidade de Columbia Britânica, afirmou que os medicamentos eram utilizados em excesso "por médicos preguiçosos que querem matar moscas com submetralhadoras".

Etminan realizou um estudo, publicado em abril no The Journal of the American Medical Association, mostrando que o risco de sofrer um descolamento de retina era cinco vezes maior entre usuários de fluoroquinolonas, comparando-se com o restante da população.

Usuários de fluoroquinolonas como Lloyd Balch, 33 anos, gestor de websites no City College de Nova York, sofreram com sintomas colaterais. Em uma entrevista, Balch afirmou que estava saudável até o dia 20 de abril, quando uma febre seguida de tosse o levou ao médico. Este não ouviu nada de estranho pelo estetoscópio, mas, ainda assim, receitou Levaquin após um Raio X indicar uma pequena pneumonia. O paciente conhecia os problemas com o Levaquin e perguntou se havia chance de tomar outro antibiótico, mas foi informado de que aquele seria o medicamento recomendado.

Paciente sofreu bastante

Depois de apenas uma dose, Lloyd Balch passou a sentir dor e fraqueza generalizada. Ele ligou para o laboratório e comunicou a reação adversa, mas foi informado de que deveria tomar a próxima dose. Mas a pílula seguinte causou dores nas juntas e problemas de visão.

Os sintomas também incluíam olhos, boca e pele ressecados, zumbidos nos ouvidos, uma tremedeira incontrolável, queimação nos olhos e pés, palpitações e espasmos musculares nas costas e em torno dos olhos. Ainda que a reação de Balch não seja comum, médicos que estudaram os efeitos colaterais das fluoroquinolonas afirmam que outros pacientes sofreram sintomas similares.

Os problemas continuaram três meses e meio depois, e poderia demorar um ano até que os sintomas diminuíssem.

Reações adversas podem ser generalizadas

Diretrizes da Sociedade Americana de Medicina Torácica afirmam que as fluoroquinolonas não deveriam ser utilizadas como tratamento primário para pneumonias comuns: o órgão recomenda antes o uso de doxiciclina, ou de um macrólido.

Reações adversas a fluoroquinolonas podem ocorrer em quase qualquer parte do corpo. Além dos ocasionais efeitos colaterais nos sistemas renal, visual e musculoesquelético, em raras ocasiões o medicamento pode causar danos graves ao sistema nervoso central, ao coração, fígado e pele, ao sistema gastrintestinal, à audição e ao metabolismo do açúcar no sangue.

O aumento no uso desse tipo de medicamento também causou o aumento de duas infecções sérias e difíceis de tratar: cepas resistentes de Staphylococcus aureus (conhecido como MRSA) e diarreias graves, causadas por Clostridium difficile.

Faltam estudos de longo prazo

Ninguém sabe ao certo com que frequência reações adversas sérias podem acontecer. Acredita-se que o sistema da Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA) que relata efeitos adversos documente apenas 10% deles.

Complicando ainda mais o problema há o fato de que, diferentemente do descolamento de retina, que foi relacionado ao uso recente de fluoroquinolonas, os efeitos adversos podem surgir depois de semanas ou meses do final do tratamento. Até o momento, nenhum estudo de longo prazo foi realizado entre ex-usuários desses tipos de antibióticos.

Cerca de meia dúzia de fluoroquinolonas foram tiradas do mercado em função dos riscos de efeitos adversos. Os medicamentos restantes são extremamente positivos, mas apenas quando utilizados da forma correta.

Saiba o que perguntar quando o médico prescreve um antibiótico:

— O medicamento é necessário?

— Quais são os principais efeitos adversos?

— Há alternativas eficazes?

— Quando a doença estará curada?

— O que fazer se acontecer algo inesperado ou a recuperação for demorada?

Fonte: Zero Hora

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Tratamento com células-tronco abre caminho para a cura da surdez

Pesquisa britânica conseguiu transformar células-tronco em células auditivas. O experimento foi capaz de recuperar significativamente a audição de roedores com esta deficiência.


Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram um tratamento baseado na aplicação de células-tronco para combater a surdez. O estudo, publicado no periódico científico Nature, abre um importante caminho para futuros tratamentos da deficiência.
Com o experimento, já é possível afirmar teoricamente que "as células embrionárias podem ser empregadas para reparar um ouvido danificado", afirmou o pesquisador argentino Marcelo Rivolta, que coordenou o estudo.
A pesquisa consistiu em induzir células-tronco embrionárias humanas a se transformarem em células auditivas. Esta primeira descoberta, segundo Rivolta, é "muito positiva", pois se trata de "uma fonte praticamente inesgotável para produzir células do ouvido sob demanda".
Numa segunda fase, o estudo procurou comprovar se as células do ouvido funcionariam quando fossem transplantadas para um animal com problemas auditivos. Os cientistas utilizaram como cobaia um gerbilo, uma espécie de roedor com um aparelho auditivo mais parecido com o dos humanos do que os ratos.
Quando os pesquisadores transplantaram as células progenitoras para os animais que sofreram lesões no nervo auditivo, elas substituíram os neurônios perdidos, reconectaram-se e mostraram uma recuperação funcional significativa.
O estudo ressalta que essa habilidade para restaurar a funcionalidade neuronal auditiva poderia abrir as portas para um futuro tratamento para a surdez baseado em células-tronco. Para Rivolta, a técnica poderia ter um potencial uso terapêutico em um amplo número de pacientes se for empregada em combinação com os implantes cocleares (dispositivo eletrônico que ajuda a restabelecer a audição).

Fonte: Época




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Evite café, chá, chocolate e refrigerante se você tem zumbido

Terapia com música vem sendo usada no tratamento, afirma otorrinolaringologista


Zumbido na cabeça ou nos ouvidos pode ser desencadeado por mais de 200 fatores, inclusive pela dieta inadequada. O desequilíbrio alimentar favorece o surgimento do sintoma ou intensifica o ruído em pessoas que já sofrem com o problema.
— Cafeína, teína (do chá) e gordura também são vilões dos ouvidos. Café, chocolate, refrigerantes, chá preto ou verde e chimarrão são itens que os pacientes com zumbido devem evitar para não piorar o quadro — diz a otorrinolaringologista Rita de Cássia Cassou Guimarães, do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba.
Se a comida tiver influência no ruído, o ideal é realizar uma reeducação alimentar com as orientações dadas pelo médico.
— O zumbido sinaliza que alguma coisa está errada dentro do organismo. É necessário fazer uma série de exames para diagnosticar as principais causas, detectar perda de audição, e descobrir a raiz do barulho que causa incômodos principalmente nos momentos de silêncio — afirma a especialista.
No caso da alimentação, o paciente é orientado a fazer alguns testes para verificar se a percepção do zumbido reduz com a eliminação de algum alimento do cardápio. Rita esclarece que o zumbido pode ter mais de uma causa, por isso o diagnóstico é feito em parceira com outros especialistas, e o tratamento pode incluir diferentes estratégias.
— Uma alternativa que está sendo bem aceita pelos pacientes, pricipalmente naqueles com maior percepção e incômodo pelo zumbido e que traz resultados extremamente positivos é a terapia sonora, que consiste em retreinar as vias auditivas a partir de estimulação sonora com música para que o cérebro filtre o zumbido e o paciente não perceba mais o ruído — conta Rita.
Fonte: Vida e Saúde